Um novo franqueado pede um novo franqueador

Equipe Cherto

1 Abr 2019

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É comum ouvir reclamações de franqueadores insatisfeitos com o perfil de seus franqueados. Isso acontece, na maioria das vezes, porque o franqueador se posiciona como alguém robusto, intocável e inacessível. O franqueado, por outro lado, é pequeno e inoperante.

Um dos lados deseja crescer e fortalecer a sua marca; o outro almeja um negócio seguro e que traga rentabilidade ao seu capital sem grandes esforços. Como, então, fazer com que haja harmonia entre eles?

Afinal de contas, quem é o culpado pelas falhas de comunicação e divergências entre as partes?

Há defesas para ambos os lados e, certamente, pontos que justificam a visão de franqueador e franqueado. Entretanto, o ponto mais importante nisso tudo é avaliar que, desde que o mercado de franquias surgiu até hoje, muitas coisas estão diferentes.

Como se adaptar a um novo mercado de franquias

A primeira mudança diz respeito ao próprio mercado, que oferece ao interessado em abrir uma franquia inúmeras opções, destinadas a vários perfis de investimento e operador.

Hoje, também, a informação ao alcance desse empresário é muito maior e torna-se essencial para sua decisão. Decisão essa, que começa a ver a exigência de um propósito maior por trás do simples e único fato de enriquecer a qualquer custo.

Agora, assim como o consumidor final, o investidor também começa a olhar para sua atuação com outros olhos, buscando fazer parte de algo que tenha um propósito sustentável e que o faça “comprar a ideia”, desde o momento da negociação inicial até o dia a dia no relacionamento com a franqueadora.

As franqueadoras estão prontas para receber o “novo franqueado”?

Diante desse novo cenário e perfil de franqueado, a pergunta que surge é: Os franqueadores estão prontos para receber esse novo tipo de parceiro? Será que ainda buscam um franqueador passivo e “seguidor de regras”?

Estariam essas franqueadoras prontas para gerenciar uma rede com espírito colaborativo e cooperativo? Mais do que isso: O que é preciso mudar para se adaptar a essa nova consciência e realidade de mercado?

A seguir, listamos alguns pontos que devem ser considerados para melhorar essa relação:

1. Comunicação e colaboração

É fundamental rever a forma de comunicação e colaboração. O modelo da franqueadora “acima de tudo e de todos”, sem abrir canais de comunicação ou sem dar a devida importância ao que está acontecendo “na ponta” já não funciona mais.

A comunicação precisa estar aberta e ser uma via de mão dupla, com colaboração de ambos os lados, de forma equilibrada e transparente. Isso significa que os franqueados hoje buscam pertencer a uma comunidade e, se essa comunidade não for parceira da franqueadora, será contra ela.

2. Inovação constante

Não basta mais construir um bom modelo de negócio e uma marca sólida para perpetuar. Consumidor e franqueado estão sedentos por inovações, seja no produto final, seja nas rotinas da franquia ou nos treinamentos da equipe.

Por todos os lados, o modelo precisa se reinventar o tempo todo, criar novos modelos e adaptar-se a diferentes realidades.

3. Suporte periódico à rede

Um suporte que extrapola as barreiras de auditoria, levantamento de indicadores e disseminação das campanhas. Vivo, no sentido de que, a cada interação desse suporte com o franqueado, novidades sejam levadas, boas práticas sejam discutidas, haja auxílio nas análises, treinamentos em gestão e operação.

Em tempos de internet, ficar ao lado do franqueado mesmo distante fisicamente é totalmente possível. Treinamento à distância e maior frequência de contato podem – e devem – fazer parte da relação entre as duas partes. As bases da franquia estão fundadas na palavra “parceria” e a realidade hoje exige que esse conceito seja levado ao núcleo da colaboração e do propósito para estabelecer uma parceria de sucesso.

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Um novo franqueado pede um novo franqueador

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